Documentário
“Zelinda de Oyá, dos mais velhos para os mais
novos”, é um documentário sobre a importância da transmissão do
conhecimento oral na religião de matriz africana, conhecimento este que resiste
na religião através dos mais novos, pelo aprendizado vindo dos mais velhos. Com
a simplicidade demonstrada pelos praticantes da religião, é possível perceber a
resistência do respeito e valorização dos mais velhos no âmbito de uma
comunidade religiosa de matriz africana. O trabalho tem como motivo a realidade
de Dona Zelinda Esteves, Zelinda de Oyá, praticante do candomblé e que foi
iniciada ainda na juventude, mas que
permanece firme em suas convicções religiosas, praticando-a aos 95 anos de
idade e seu encontro com a Yalorisá
Fátima de Oxosse e praticantes do
candomblé da nação Ketu do Ile Ase Omo Ode Igbo. Dos momentos do cotidiano de
um terreiro de candomblé, a forma como o conhecimento vai sendo transmitido com
carinho por Dona Zelinda aos mais novos.
Dentro
dessa perspectiva o documentário apresenta o candomblé para além das questões
rituais e filosóficas, traduzidas pelo amor e dedicação de seus praticantes a
este modo de vida.
Concepção, Roteiro e Direção
O
Documentário é realizado pelos ativistas Manoel
Justino da Silva filho, escritor, poeta e sobrinho de Zelinda de Oyá; e Margareth Ferreira, advogada e
produtora de eventos. Ambos,
iniciados no candomblé atuam na
defesa da liberdade de crença.
Objetivo
O objetivo
do trabalho é contribuir para a visibilidade, o reconhecimento, a valorização e
o respeito a diversidade socioambiental e cultural dos povos e comunidades
tradicionais levando-se em conta, dentre outros aspectos, os recortes de etnia,
raça, gênero, idade, religiosidade, ancestralidade, orientação sexual e
atividades laborais, entre outros.
Desafio
Proporcionar
a reflexão sobre a necessidade de valorização dos saberes tradicionais,
ancestrais e não formais é o grande
desafio.
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