O novo Brasil, cantado em verso e prosa não tem
comprometimento com mudança de coisa alguma. A colcha de retalhos da política
nacional, farol da governabilidade e do
espírito democrático. Adota a típica conduta política ‘Laissez faire’ permitindo que cada um faça o que quiser, desde que tenha participado do arco de alianças vitorioso.
Presidenta Dilma e seu Ministério - Foto Oficial |
O comprometimento do programa de Governo que deve
refletir-se na escolha dos nomes que compõe o primeiro escalão dos governos,
famosos quadros políticos, não reconhecem cotas de raça e gênero.
Mesmo conhecendo as entranhas do sistema político
brasileiro, suas mazelas e malandragens, nunca é tarde para acreditar em
mudanças e cumprimentos de compromissos. Mas, eles não vêm.
Posse do Governador de Goiás, Marconi Perillo, e novo Secretariado |
A musicalidade presente na alma brasileira e que conta histórias
e possibilita estudar um pouco do comportamento de grupos e passagens
históricas possui algumas composições a fortalecer a observação de que a cara
do Brasil é aquela que o colonialismo e suas elites estabeleceram como
palatável e é com ela que o país parece querer permanecer.
Posse do Governador do Espirito Santo, Paulo Artung, e seu Secretariado |
Visitando sítios de jornais, passamos pelas fotografias da
posse da presidenta, seus ministros e os governadores e seus secretários. No
Brasil inteiro, o macho alfa desfilou gaboso com sua plumagem impecável, seus sobrenomes
conhecidos, seus espólios e feudos muito bem delimitados por padrões modernos
de manutenção de territorialidade monárquica, regulamentada por padrões partidários
inegociáveis.
Aqueles que foram chamados de “coxinhas” em suas críticas
reacionárias, nem sequer cogitam o que realmente é ilógico, prendendo-se a
bordados e alfinetes do estilo escolhido pelos assessores da Presidenta. O que esperar de um “coxinha”
senão um olhar curto e umbilical, sempre pensando que a banda toca pra eles, enquanto seu governos reproduzem os mesmos equívocos que todos os outros e é justamente o ponto de convergência e entendimento tácito e apócrifo.
Posse do Governador do Pará, Simão Jatene, e seu Secretariado |
Os interesses pessoais de momentos políticos vitoriosos
demonstram que é um castelo de cartas, ou antes, uma pilha de engradados cheios
e vazios, e suas garrafinhas. Aquela história que todos conhecem de trocas de
garrafinhas vazias por cheias de líquido. O dinheiro já foi entregue muito
antes, ainda no período eleitoral: apoios a candidaturas, escolhas partidárias e
babação de ovos branquinhos das galinhas das granjas de maior porte,
controladores.
Posse do Governador Pedro Taques, do Mato Grosso, e seu Secretariado |
Como naquelas comunidades de periferia, todos ganham quando
o movimento ganha, desde o menino da pipa até o dono de tudo lá no asfalco com
suas SUV’s importadas.
Olhando as fotografias dos desse novos governos, seja o meu,
o seu ou o nosso, só vejo uma coisa: nunca estaremos proporcionalmente nas
posses. O paradigma do governo deveria ser apresentado aos partidos e informado
sobre composição de gênero e raça. De alguma forma deveriam dizer que os nomes
precisavam ter um perfil.
Mas, o ‘Laissez faire’ político não tem compromisso com a
identidade assumida para vencer. Com raras exceções estamos por nossa própria
conta e chegou a hora de mudarmos as posturas e realizarmos supra partidariamente
o diálogo isento e desapegado.
* Fotos de Jornais virtuais e sitios oficiais
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